Enquanto a média em outros países tem sido de 15 dias, pesquisadores brasileiros sequenciaram o genoma do coronavírus apenas dois dias após a confirmação do primeiro caso da doença no Brasil.
As brasileiras que estão por trás da sequenciaram o genoma do coronavírus são Ester Sabino coordena o Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (Cadde), que estuda em tempo real epidemias de arboviroses, como dengue e Zika. E Jaqueline Goes de Jesus, pós-doutoranda na Faculdade de Medicina da USP e bolsista da agência de fomento Fapesp. Ela desenvolve pesquisas sobre o mapeamento do Zika no Brasil. Ao lado dela, também estava presente Claudio Tavares Sacchi, do Instituto Adolfo Lutz.
O genoma corresponde a todas as informações hereditárias do vírus que estão codificadas em seu DNA. “Ao sequenciá-lo, ficamos mais perto de saber a origem da epidemia. Sabemos que o único caso confirmado no Brasil veio da Itália, contudo, os italianos ainda não sabem a origem do surto, pois ainda não fizeram o sequenciamento de suas amostras. Não têm ideia de quem é o paciente zero e não sabem se ele veio diretamente da China ou passou por outro país antes”, disse à Agência Fapesp Ester Sabino, diretora do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da USP. Segundo ela, o objetivo do trabalho é produzir respostas que ajudem os serviços de saúde em testes diagnósticos e no desenvolvimento de vacinas.
0 comentário