Projeto Lua

O Projeto Lua foi fundado em 2019 por alunas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) Campus Tianguá. Acreditamos que um dia é possível haver igualdade entre os gêneros na área da tecnologia.

Para isso, o Projeto Lua visa ações – como palestras, grupos de estudo, oficinas e etc – onde meninas e mulheres possam encontrar conforto, ajuda e motivação para ingressar e permanecer nos cursos e profissões da área da tecnologia.

Para contextualizar melhor o problema que o projeto visa combater, lhe convidamos a ler os dados abaixo.

Mulheres na Ciência e Tecnologia

O relatório Women In Tech Report 2019 realizado pelo HackerRank aponta que a nova geração de mulheres – chamada de Geração Z e composta por mulheres com menos de 22 anos – estão aprendendo a codificar mais jovens que as gerações anteriores. Cerca de uma a cada três mulheres com menos de 22 anos aprenderam a codificar antes dos 16 anos. Além disso, as mulheres da Geração Z estão mais preparadas para o mercado de trabalho da área da tecnologia, pois possuem conhecimento das três principais linguagens de programação procuradas pelas empresas: JavaScript, Java e Python.

Também em 2019, uma pesquisa Women In Technology: Time for Action, aponta que 34% das mulheres entrevistadas acreditam que o cenário da tecnologia melhorou em relação às mulheres, enquanto 50% informaram que o ambiente continua o mesmo e 16% informaram que o ambiente piorou. Além disso, as participantes estimaram que 28% dos seus departamentos de TI é composto por mulheres, o que indica um crescimento de 26% em comparação com 2018. Em 2018, apenas 21% das lideranças da área de TI eram mulheres, já em 2019, houve um crescimento para 26%. Dados também indicam que a presença da mulher em empresas tecnológicas só traz benefícios. De acordo com uma pesquisa publicada pelo Women In Tech Council, a inclusão de mulheres em uma empresa resulta em um crescimento na inteligencia coletiva, e, se as lideranças femininas somarem 30%, o lucro das empresas cresce em 15%.

Apesar disso, de acordo com a pesquisa Women In Technology Survey 2019 em 2019 as mulheres ocupavam apenas 17% das profissões da área da tecnologia e recebiam cerca de 28% a menos que seus colegas homens, mesmo exercendo as mesmas funções. Essa diferença salarial era comum na maior parte das empresas: Cerca de 78% das grandes organizações possuíam diferenças salariais entre os gêneros, enquanto 14% mostravam uma diferença salarial mediana, e somente 8% não mostravam diferença no valor dos salários. Devido a esse cenário de disparidade de gênero, o índice de desistência feminina no mercado de trabalho da área da tecnologia era 47%, mais que o dobro do índice de desistência masculina, que somava apenas 17%. No cenário nacional, também há essa diferença: segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) divulgada em 2016, apenas 20% dos mais de 580 mil profissionais da área de TI que atuam no Brasil são mulheres.

A pequena participação da mulher na área da tecnologia tem sido comum nos últimos anos. O relatório Women In Tech: The Facts publicado em 2016 pelo National Center of Women Information & Technology (NCWIT) aponta que entre os anos de 1980 até 2010, cerca de 88% das patentes da área da tecnologia foram criadas por equipes compostas somente por membros do sexo masculino, enquanto apenas 2% foram criadas por equipes compostas somente por membros do sexo feminino.

A solução para o problema da diferença de gênero na área da tecnologia é amplamente debatido atualmente. Cerca de 31% das mulheres entrevistadas na Women In Technology Survey apontaram que as escolas precisam começar a ensinar tecnologia para as mulheres. Já as mulheres entrevistadas na Women In Technology: Time for Action, apontaram algumas ações que podem aumentar o número de mulheres na tecnologia: encorajar estudantes a explorar a tecnologia tanto no ensino fundamental e médio quanto no superior, promover carreiras alternativas que não exijam especializações, e promover diversidade e inclusão para mulheres nesse cenário.

Mulheres no curso de Computação do IFCE Campus Tianguá

Segundo os dados do Portal IFCE Em Números, coletados em Outubro/2021, os alunos matriculados hoje no curso Bacharelado em Ciência da Computação (BCC) no IFCE Campus Tianguá são em sua maioria do gênero masculino.

Ao somar o número de discentes desde o período e 2016.2 – início do curso – até o período de 2021.2 – e com exceção do semestre 2020.2 no qual não foi ofertada turma no referido curso -, pode-se observar essa enorme diferença: de 212 alunos matriculados, somente 54 são mulheres!

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Alunos
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Homens
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Mulheres

Ao todo, no curso, os discentes do gênero masculino matriculados somam 74,5%, e os do gênero feminino apenas 25,5%. 

Homens 74.5%
Mulheres 25.5%

Ou seja, o baixo índice de mulheres em cursos da área de T.I. também afeta o BCC no IFCE Campus Tianguá. Assim, o Projeto Lua é focado em auxiliar as mulheres nesse cenário.

Projeto Lua : Trabalhos e Premiações

Premiações destacam a importância e relevância do Projeto Lua. Confira algumas das premiações do projeto abaixo.

TRABALHO ACEITO PARA PUBLICAÇÃO
2019

O trabalho de título “Desenvolvimento De Um Sistema Para Diminuir A Evasão Escolar Da População Do Sexo Feminino Discente No Curso De Bacharelado Em Ciência Da Computação: Projeto Lua” foi aceito para publicação no Seminário de Iniciação Científica do IFCE.

PRÊMIO DE MELHOR TRABALHO
2019

O trabalho de título “Desenvolvimento De Um Sistema Para Diminuir A Evasão Escolar Da População Do Sexo Feminino Discente No Curso De Bacharelado Em Ciência Da Computação: Projeto Lua” ganhou o prêmio de melhor trabalho científico apresentado do curso de Ciência da Computação no Seminário de Iniciação Científica do IFCE.

TRABALHO ACEITO PARA PUBLICAÇÃO
2020

O trabalho de título Proposta De Uma Ferramenta Como Incentivo À Permanência E Êxito Do Público Discente Feminino Em Um Curso De Bacharelado Em Ciência Da Computação” foi aceito para publicação no I Congresso Internacional Virtual de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação do IFCE.

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